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Segurança

Planeamento e realização de simulacros

Simulacro no local de trabalho

O que é?

Um simulacro é uma atividade prática focalizada que coloca os participantes numa situação simulada e que requer deles uma atuação equivalente à que seria esperada numa situação real.

É exigido pelo Decreto-Lei n.º 224/2015, de 09 de outubro - Regime Jurídico da Segurança Contra Incêndio em Edifícios - a realização de simulacros para teste das medidas de autoproteção e treino dos ocupantes.

Objetivo da realização de Simulacro

É responsabilidade das organizações testarem as medidas de autoproteção e respetivo treino dos Colaboradores com o objetivo de se criarem rotinas de comportamento e aperfeiçoamento de procedimentos.

  • A reação das pessoas, em emergência, tende a ser idêntica à forma como se treinou.

  • O foco deverá incidir nas funções de cada elemento e não na emergência. Por norma as funções são idênticas a todas as emergências.

  • Praticar procedimentos, melhorar o desempenho da segurança, detetar fragilidades, alterar planos e adquirir hábitos de autoproteção.


Formação em Segurança Contra Incêndios em Edifícios (SCIE)

Portaria n.º 1532/2008 de 29 de dezembro

As organizações, de acordo com o recomendado nas suas Medidas de Autoproteção, devem disponibilizar aos seus Colaboradores ações de formação no âmbito da Segurança Contra Incêndios em Edifícios (SCIE), tendo em consideração as suas funções e responsabilidade na organização de emergência da empresa.

Para quem?

  • Para os funcionários e Colaboradores das organizações que exploram um determinado local.

  • Todas as pessoas que trabalhem em períodos superiores a 30 dias por ano num determinado local.

  • Todos os elementos com responsabilidades nas atividades de autoproteção.
Quais os objetivos da formação em SCIE?

  • Familiarização com os espaços do local de trabalho e respetivos riscos de incêndio.
  • Instruções e técnicas de utilização dos meios de 1.ª intervenção.
  • Formação específica para os elementos com responsabilidade de atuação em caso de emergência.
  • Cumprimento dos procedimentos de alarme e dos procedimentos de atuação em caso de emergência em especial a evacuação.
  • Cumprimento dos procedimentos e planos de prevenção contra incêndios.
simulacro

Periodicidade do Simulacro

Portaria n.º 1532/2008 de 29 de dezembro

A periodicidade para a realização de um simulacro varia entre um e dois anos, fator que está relacionado com a atividade da empresa e com a sua categoria de risco.

Utilização Tipo (UT) Categoria de Risco
2.ª -Risco Moderado
Categoria de Risco
3.ª - Risco Elevado
Categoria de Risco
4.ª - Risco Muito Elevado
UT V -
Hospital e lar de idosos
1 ano (*) 1 ano 1 ano
UT VII - 
Hoteleiros e Restauração
1 ano (*) 1 ano 1 ano
UT VIII -
Comercial e Gares
2 ano 2 ano 1 ano
UT XII -
Industriais, oficinas e armazém
2 ano 2 ano 1 ano
Utilização Tipo (UT)
UT V -
Hospital e lar de idosos
UT VII - 
Hoteleiros e Restauração
UT VIII -
Comercial e Gares
UT XII -
Industriais, oficinas e armazém
Categoria de Risco
2.ª -Risco Moderado
1 ano (*)
1 ano (*)
2 ano
2 ano
Categoria de Risco
3.ª - Risco Elevado
1 ano
1 ano
2 ano
2 ano
Categoria de Risco
4.ª - Risco Muito Elevado
1 ano
1 ano
1 ano
1 ano

(*) Aplicável a Locais de risco D (com permanência de pessoas acamadas ou destinado a receber crianças com idade não superior a seis anos ou pessoas limitadas na mobilidade ou nas capacidades de perceção e reação a um alarme) e Locais de Risco E (destinado a dormida, em que as pessoas não apresentem as limitações indicadas nos locais de risco D).

A execução de um simulacro deve ser sempre divulgada com a devida antecedência aos ocupantes da organização, podendo não ser rigorosamente divulgadas a data e a hora estabelecidas.

Etapas para preparação do Simulacro

Avaliar as necessidades
• Verificar quais são as vulnerabilidades.
• Estabelecer a justificação para a execução do simulacro.
• Quais as funções a exercitar.
• Necessidade de exercícios específicos.
Estabelecer o propósito
• Estabelecer o objetivo global do simulacro.
• Estabelecer a finalidade.
• Clarificar a razão da realização do exercício.
Âmbito
• Definir o que se pretende.
• Qual o tipo de emergência.
• Definição da localização/área da organização.
• Definção dos participantes.
• Quais as funções a desempenhar pelos participantes.
Definir objetivos
• O que se pretende alcançar.
• Descrição do desempenho que é esperado pelos participantes para demonstrar a sua competência.
• Dá resposta à avaliação de necessidades.
Elaborar o guião
• Desenvolvimento cronológico das ações a desempenhar e a verificar durante o simulacro, com destaque para as ações principais.
Detalhar os eventos principais
• Os eventos principais são situações previamente definidas de forma a testar os objetivos.
• Ao detalhar as ações vai esperar-se uma resposta realista nos intervenientes de acordo com os objetivos definidos.
Ações esperadas
• São idealmente executadas pelos participantes, por forma a evidenciarem competências.
• Pretende-se que sejam a resposta aos objetivos estabelecidos.
Preparar documentação
• Deve constar os eventos detalhados.
• Deve constar as mensagens a ser usadas durante o exercício.
• Deve apresentar as ações esperadas dos intervenientes.
Avaliar as necessidades
• Verificar quais são as vulnerabilidades.
• Estabelecer a justificação para a execução do simulacro.
• Quais as funções a exercitar.
• Necessidade de exercícios específicos.
Âmbito
• Definir o que se pretende.
• Qual o tipo de emergência.
• Definição da localização/área da organização.
• Definção dos participantes.
• Quais as funções a desempenhar pelos participantes.
Elaborar o guião
• Desenvolvimento cronológico das ações a desempenhar e a verificar durante o simulacro, com destaque para as ações principais.
Ações esperadas
• São idealmente executadas pelos participantes, por forma a evidenciarem competências.
• Pretende-se que sejam a resposta aos objetivos estabelecidos.
Estabelecer o propósito
• Estabelecer o objetivo global do simulacro.
• Estabelecer a finalidade.
• Clarificar a razão da realização do exercício.
Definir objetivos
• O que se pretende alcançar.
• Descrição do desempenho que é esperado pelos participantes para demonstrar a sua competência.
• Dá resposta à avaliação de necessidades.
Detalhar os eventos principais
• Os eventos principais são situações previamente definidas de forma a testar os objetivos.
• Ao detalhar as ações vai esperar-se uma resposta realista nos intervenientes de acordo com os objetivos definidos.
Preparar documentação
• Deve constar os eventos detalhados.
• Deve constar as mensagens a ser usadas durante o exercício.
• Deve apresentar as ações esperadas dos intervenientes.

Fases da Implementação do Simulacro

De forma a implementar um simulacro deve ter em consideração três fases: a fase que antecede o simulacro (planeamento), a fase em que o simulacro está a realizar-se (execução) e a fase após a realização do simulacro (avaliação).

Fase que antecede o simulacro
    • Equipa responsável

      Escolhe-se na empresa quem, ou que equipa, é responsável pela organização do simulacro.
      Caso se verifique pertinente, a organização do simulacro poderá ficar a cargo de empresa externa.

    • Tipo de emergência

      Estabelece-se qual o tipo de emergência a simular podendo-se optar por incêndio, evacuação, ameaça de bomba, inundações, sismos ou derrames, entre outros.

    • Entidades internas/externas

      De acordo com o tipo de emergência escolhe-se os intervenientes internos ou área em que se vai decorrer o simulacro, considera-se a participação de entidades e organismos externos como os bombeiros, PSP, Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil ou serviços municipais de proteção civil.

    • O que se pretende simular

      Escolhem-se as ações/ procedimentos que se pretende testar como a evacuação dos espaços, a 1.ª intervenção em caso de incêndio, o acionar ou desativar de determinados equipamentos ou a organização e intervenção de entidades externas como os bombeiros, PSP, Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil ou os serviços municipais de proteção civil.

    • Organização da emergência

      Formar e informar os intervenientes das suas responsabilidades e ações esperadas. Os elementos com responsabilidade ativa na emergência, como as equipas de 1ª intervenção, só devem intervir caso o consigam e salvaguardando sempre a sua segurança. Devem ser criadas equipas de evacuação compostas por chefe de fila eserra fila preferencialmente.
      Os Pontos de Encontro devem ser estabelecidos e divulgados, a equipa de segurança deve ser divulgada e nomeado quem recebe e estabelece o contacto com as entidades externas.

    • Linguagem específica

      Deve-se estabelecer termos específicos para determinar o início do simulacro (Ex: simulacro, simulacro, simulacro), para a necessidade de o interromper (Ex: stop, stop, stop) e para dar por terminado o simulacro (Ex: fim do simulacro, fim do simulacro, fim do simulacro).

Fase de realização do simulacro
    • Principais competências a demonstrar

      Dar o alarme, efetuar a evacuação de forma organizada para os locais estabelecidos, efetuar a 1.ª intervenção, certificar que todos os ocupantes do edifício se encontram no exterior, receber as entidades externas, tomar decisões de acordo com a emergência e sua gravidade.

    • Organização e avaliadores

      Os elementos da organização e avaliadores do simulacro devem posicionar-se nos locais em que as ações principais se desenrolam de forma a verificar a sua correta execução.

    • Inicio e fim do exercício

      Compete ao responsável pelo exercício dar início ao simulacro, interrompê-lo e terminá lo utilizando as palavras acordadas previamente.

    • Simulação

      Durante o desenvolvimento do simulacro os intervenientes devem desempenhar as funções estabelecidas de como uma situação real se tratasse e de forma a demonstrar as suas competências.

Após realização do simulacro
    • Debriefing

      Após a realização do simulacro, os elementos responsáveis dos participantes internos e externos e das áreas envolvidas procedem a uma análise prévia, em que são enumerados os pontos fortes que se conseguiu atingir e os pontos menos fortes que há a necessidade de rever.

    • Medidas corretivas

      Resultante da avaliação e análise ao desempenho do simulacro, que é parte integrante do mesmo, devem ser implementadas de forma que os objetivos sejam atingidos.

    • Avaliação

      É efetuada pela equipa que organizou o simulacro. Esta ação vai contribuir para a necessidade de rever o plano/programa de emergência; melhorar a gestão de emergência; detetar anecessidade de instrução e treino aos colaboradores; melhoria do desempenho ao nível dos decisores.

Para sua segurança e de todos os colaboradores, leia também sobre organização e gestão de segurança contra incêndios, bem como o nosso guia de utilização de extintores, onde demonstramos a utilização correta dos mesmos e quais os mais apropriados para as diferentes classes de fogos.

O conteúdo deste Guia é apresentado apenas para fins informativos, não correspondendo ao cumprimento de qualquer obrigação contratual ou legal da seguradora nem substituindo o papel do segurado como responsável na gestão do risco. A informação contida neste documento pode ser objeto de alteração ou atualização a qualquer momento e não dispensa a consulta da legislação em vigor e das melhores práticas aplicadas nesta matéria, pelo que a Ageas Seguros não pode garantir a exata precisão e atualidade da mesma. A Ageas Seguros não assume qualquer responsabilidade pela utilização que possa vir a ser feita desta informação, que é da exclusiva responsabilidade do segurado

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