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Automóvel
Guia da condução defensiva
Como prevenir acidentes
Condução defensiva é o ato de conduzir de forma a prevenir, evitar e não provocar acidentes, sejam quais forem as condições de circulação inerentes à via, ao veículo e meteorológicas, e quaisquer que sejam os comportamentos dos outros utentes, condutores e peões.
A prevenção é a chave para a sua segurança. Certifique-se que tem conhecimento das regras.
Atitude
O condutor deve manter uma atitude responsável na condução, estando ciente dos riscos que corre e consciente de que é dele próprio que provêm os maiores perigos, da sua concentração, do seu estado físico, do seu caráter e das suas emoções.
É a componente principal e imprescindível para se efetuar uma condução segura, confortável e económica.
O segredo reside na “mente”. Qualquer percurso deve ser tido como potencialmente perigoso. Mesmo um percurso que o condutor faça habitualmente e com o seu veículo habitual, é sempre diferente, pois a velocidade, a aderência, a visibilidade, o estado do condutor, o estado do veículo, o restante tráfego, a hora, as condições atmosféricas, entre outras mudam diariamente. Mais de 90% dos acidentes têm como causa principal o condutor, pelo que temos de acreditar que é a ele que cabe evitar os acidentes.
Preparação
A preparação é importante, podendo dela depender a segurança de qualquer viagem, e passa não só pela manutenção preventiva do veículo e do seu conhecimento antecipado, mas também pelo planeamento e conhecimento do trajeto.
No planeamento o condutor deve proceder a uma verificação a três níveis do percurso:
Antes: verificar o estado do veículo, as condições do tráfego e atmosféricas, as suas necessidades pessoais (descanso, alimentação e demais necessidades fisiológicas), estudar e prever alternativas em caso de tráfego ou outras condicionantes.
Durante: meios necessários durante o percurso, tais como gps, números de emergência, equipamentos de intervenção em caso de avaria ou acidente, reabastecimento ou manutenção, etc.
Depois: local para estacionar, etc.
Prevenção
Um mecanismo importante da condução defensiva é a capacidade mental de prever os acontecimentos. Esta previsão baseia-se em dados e informações disponíveis no cenário rodoviário e na experiência, na memória e nos conhecimentos do condutor.
Trata-se de efetuar um raciocínio de causa-efeito acerca dos acontecimentos que vemos, da informação disponível e dos acontecimentos que esperamos que sucedam. Por exemplo, quando surge uma bola à frente do veículo que conduzimos. De imediato pensamos “atrás de uma bola, vem sempre uma criança”. O que fazemos é uma previsão. Perante o estímulo visual “bola”, fazemos uma associação de ideias ao possível aparecimento de uma criança no seu encalço.
Antecipação
Para completar o ‘prever e acreditando que o evento se possa tornar realidade, devemos de imediato agir, de forma defensiva. Se vemos uma bola, sendo expectável o aparecimento de uma criança, o condutor deve/ pode de imediato, retirar o pé do acelerador, olhar à sua volta tentando identificar o local de aparecimento de qualquer criança (ou de outra pessoa), afastar-se da zona da berma ou do passeio, buzinar (caso aviste alguém a aproximar-se), etc.
Antecipação é atuar antes de ser necessário. A antecipação é um comportamento inerente à condução defensiva.
Sinalização
Como medida defensiva, deve o condutor dar a conhecer as suas intenções, demonstrando aos outros utentes, que manobras pretende efetuar alguns segundos antes de realizar a manobra pretendida, através de sinalização que deve ser efetuada quando se pretende mudar de direção, parar, ultrapassar, estacionar, etc.
O hábito de sinalizar as manobras, mesmo quando não exista qualquer condutor nas proximidades, permite criar um automatismo saudável e seguro.
Por vezes os condutores efectuam sinais fora de tempo e de forma incorrecta, transmitindo informação errada ou passível de ser mal entendida. Por isso, nunca confie absolutamente nos sinais dos outros.
Contacto visual
A fim de garantir uma comunicação eficaz, certifique-se de que os outros o veem e entendem quais são as suas pretensões. Por exemplo, antes de efetuar uma ultrapassagem, certifique-se de que o veículo que vai ultrapassar o está ver e compreendeu que o pretende ultrapassar, especialmente se isso acontecer num local onde o veículo que pretendemos ultrapassar também pode iniciar uma ultrapassagem ou voltar à esquerda. Para além dos sinais visuais, luminosos ou gestuais, pode, nalguns casos, fazer uso dos sinais sonoros. Faça-o sempre que, por motivo de perigo iminente, necessitar de estabelecer o contacto visual com outros condutores ou peões ou pretender que o vejam a si.
Manter a distância
Talvez uma das mais importantes medidas defensivas. A manutenção permanente de uma distância de segurança relativamente aos veículos à nossa frente e à nossa retaguarda. Garantindo esta distância, garante espaço de visibilidade, de ação e de reação. A distância de segurança, conforme indica o Código da Estrada, é o espaço disponível para imobilizar o veículo em segurança. Este espaço corresponde no mínimo ao tempo de reação do condutor e na sua forma otimizada, deve corresponder à distância de paragem do veículo.
O conteúdo deste Guia é apresentado apenas para fins informativos, não correspondendo ao cumprimento de qualquer obrigação contratual ou legal da seguradora nem substituindo o papel do segurado como responsável na gestão do risco. A informação contida neste documento pode ser objeto de alteração ou atualização a qualquer momento e não dispensa a consulta da legislação em vigor e das melhores práticas aplicadas nesta matéria, pelo que a Ageas Seguros não pode garantir a exata precisão e atualidade da mesma. A Ageas Seguros não assume qualquer responsabilidade pela utilização que possa vir a ser feita desta informação, que é da exclusiva responsabilidade do segurado.
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